estou aqui não vê pois eu que ainda acredito dispara quando só tiver certeza
pois se sim porque disfarça na redenção do excomungado e com inimigo sob a mira
então seu dengo o faz por graça sendo pela fé que grito puxe o gatilho com frieza
ou agradece a quem lhe dê? e por meu santinho lascado para que não lhe apenas fira
uma desgraçada guerra venho lhe convercer contrário depois fuja à densa mata
pra travar durante os dias dessa sua tão grande tormenta reze por perdões alheios
esquecendo da miséria e do ódio que alimenta não me acuse de bravata
e desapego a rebeldias a cada dia do calendário que alguém lhe cobre os seios
que lhe mataram o pai já sei hereditariedade reafirmo os ideais da dança
e que vingá-lo disse "hei!" que do nome se supõe da nossa vida urbana e tola
será rancor o que apetece se o pai teve tal bondade de viver cedo e morrer à toa
e nada mais o esmorece? filho seu também dispõe? obcecados pelo som vingança
faça sim porque lhe cansa por fim já disse eu o que queria a despedida chegou já
ver toda sua esperança o horizonte já me aponta tudo dito aqui está
ser apagada pelo tempo seguindo o mar também me encontra que seja leve então seu fardo
sol chuva e firmamento quem lá disser que cria adeus à prole do soldado
terça-feira, 31 de maio de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Universo cíclico
Lá, os objetos caem apenas por possuírem peso e já não valem mais que seu espatifar. Dos cacos remonta-se o ideal e do topo de uma pilha destes é possível observar o quão longe se está dos antigos altares. As venerações de um passado próximo dão vez às certezas e as indagações são tolices contestadas. Quem habita o novo lugar são os sonhos humanos, os quais também não valem mais que estilhaços, que ímpeto, ou que moral. Aliás, a perda dos valores foi um pré-requisito a todos os viajantes, bagagem desnecessária. Aqueles muito vividos percebem, logo de início, ser o momento de pisar no freio ou seguir consumindo os próprios males.
Há quem prefira tirar as almofadas para que não se desfaça o contato com a realidade. A opção de ficar coberto, esperando o fim do temporal, foi supressa depois do primeiro acidente. Porém, a incredulidade fez refém seus criadores, que agora torcem por um despertar coletivo sem nada poder fazer. É incrível que já passem dos milhares de usuários e tal utopia siga inabalada. Parece caótica sua desenvoltura performática, que mesmo obedecendo à lógica, se ramifica e bifurca. Com o passar do tempo exige mais esforço individual, mais concentração para manter os mesmos resultados, torna-se árduo prosseguir. Os desfrutes vão rareando, a fonte seca.
No primeiro fraquejar ocorre o desmonte: cacos e peças misturam-se derrubando o prisma do orgulho social. Faz chorar seus idealizadores. Então, a maior obra que ergueu o homem cai. Sem a possibilidade do exílio, retornam os mitos, os valores e as crenças. Os sonhos, tão seguros que são de si, tomam de volta seus ideais e anunciam-se como os salvadores. Humanos que são, servem apenas de bússola aos pioneiros que recomeçam a busca da liberdade que acabaram de rejeitar.
sábado, 7 de maio de 2011
Vai para o varal
Por ser o herói quem seu povo liberta
Quem sara a cicatriz ainda aberta no peito
E o vazio geral com esperança completa
Merece tanto quanto respaldo respeito
Pois que seu passado infortúnio garante
Gerar animosidade fundando um levante
Não quererá eternizar-se de tal feito
Ou ainda de maior qualquer descoberta
Sabendo sempre ser do povo o jeito
E a responsabilidade já aqui inquieta
Se conscientes contudo não agem
Se aceitação e pão levam a conformar
É que surge daí tamanha coragem
De um herói saber exigir seu lugar
Porém só embasado da total certeza
Porá palavras e não rifles à mesa
Gente cansada esperou nem estiagem
Saiu ainda chovendo para labutar
Agora reunida quer sem camuflagem
Ser reconhecida lá do posto que ocupará
À quem duvide minha plena sanidade
Da qual faço gosto até o dia que for pro céu
Lamento apenas vossa incapacidade
De compreender um verdadeiro cordel
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