terça-feira, 31 de maio de 2011

A prole do soldado

estou aqui não vê                            pois eu que ainda acredito            dispara quando só tiver certeza
pois se sim porque disfarça           na redenção do excomungado                 e com inimigo sob a mira
então seu dengo o faz por graça         sendo pela fé que grito                       puxe o gatilho com frieza
ou agradece a quem lhe dê?           e por meu santinho lascado               para que não lhe apenas fira


uma desgraçada guerra                  venho lhe convercer contrário                  depois fuja à densa mata
pra travar durante os dias              dessa sua tão grande tormenta                 reze por perdões alheios
esquecendo da miséria                       e do ódio que alimenta                       não me acuse de bravata
e desapego a rebeldias                      a cada dia do calendário             que alguém lhe cobre os seios


que lhe mataram o pai já sei                    hereditariedade                         reafirmo os ideais da dança
e que vingá-lo disse "hei!"                   que do nome se supõe                    da nossa vida urbana e tola
será rancor o que apetece                 se o pai teve tal bondade                  de viver cedo e morrer à toa
e nada mais o esmorece?                  filho seu também dispõe?            obcecados pelo som vingança


faça sim porque lhe cansa           por fim já disse eu o que queria                     a despedida chegou já
ver toda sua esperança                    o horizonte já me aponta                                tudo dito aqui está
ser apagada pelo tempo         seguindo o mar também me encontra         que seja leve então seu fardo
sol chuva e firmamento                     quem lá disser que cria                        adeus à prole do soldado