Escrito em 07/09/2013 - publicado agora
Você tá aí, não está? Eu sei que sim
anotando tudo que faço
como ando e a que horas passo
anota tudo sobre mim
É que talvez não saiba querido poeta
mas já estive em seu lugar
até que me impuseram uma meta
e hoje faço algo que querem sempre pra já
Muito já me perdi na tentativa de capturar
entender ou conflitar as sutilezas de mim
quando não o era
quer dizer quando apenas um dia o seria
e como poeta escritor e fingidor me sentia
observando a terra
fazia meu escrito muito mais você do que a mim
Mas esse tal do horário que me surge na testa
a cada rua que atravesso são duas que ele encontra
queria poder voltar a conta
e sentar como faz tu agora no fim do dia com a hora que te resta
escrever sobre eu sobre mim
sobre um homem que já se sente homem
porque não tem mais tempo de amar a nada e se engana com tudo
É de mim que zomba, não é? De quem escreve a rir?
como se você fosse maior
e eu menor ou mais desengonçado
sim sim não diga que não
o passo apertado me pertence mas não é forçado
tente ver um pouco além do escárnio pronto em si só
no homem que jura querer sorrir
Pense assim, um pouco mais, veja bem, mas veja