segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Todo erro do regresso

Quando, em sombras farrapas, medrosos deixamos a guerra
no âmago de si não brio, não estima, mas restar-se inútil. No imo apenas o revés
partimos, cada um temeroso, erigindo na farda o estandarte: incapaz 
contrários da crescida flâmula que impôs a pátria na largada
e que agora tenta acalentar ignóbil o morrer frouxo de tantos.


Que lástima o silêncio, se o trote e a marcha enraivecia-nos, guerreiros
não há o remoçante hino de esbravejos incontidos, que ditavam a campanha,
mesmo assim, só em desaviso, diria alguém os desprimores da lamúria geral
se agora nasce de tal pranto um santo chorar, em canto que indulta as almas estorvas,
e é, ainda, antiga memória da vez que na partida choraram as mães.


Quem vista tiver, entocado ou por ventura, do espólio inimigo decifrará a fuga
pois homens lutavam, se por apego a causa, esperançosos a matar por paz
no entanto, um sentimento devorou o outro e assaltou-lhes a ideia da derrota
agora, não há bem no regresso, quando homem e cidade ao tempo passar se estranham
vil descompasso de homens que assimilam: saudade do lar que deixei, não tal.


Queria ter partido em prosa, feito bardos ter palavras e a culpa só do chorar
mais que dor, há buraco em tudo que pisei, cri sempre tolo na volta sem remorso 
então, em qual esmero traria eu a descoberta sã, de salvar nossos filhos do futuro?
nem segredo, ou ponto-fraco alheio, nem armas, ou profecias, ouro e prata não
descobri que a guerra é nunca orfã!